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sexta-feira, 18 de março de 2011

Como fazer um filme II

Observação: Quando escrevi "filme super amador" acho que não usei o termo correto. Eu deveria ter dito "filme caseiro". Mas por uma opção de elegância ficarei com "super-amador" mesmo.

Ainda roteiro:

Tem-se uma boa idéia, e agora? Boas idéias são que nem piada, só presta se for bem contada. Até mesmo más idéias são tão bem contadas que se tornam célebres filmes. Portanto, o negócio é aprender a ser comunicativo. Mas quem vai julgar se é uma idéia é boa e se está bem contada é o próprio autor. Portanto o que eu podia falar sobre roteiro termina aqui.

- A forma que escolhi para contar a idéia, não está perfeita. Mas ela me agrada mais que o suficiente.

Equipe:

O diretor/roteirista/autor tem que confiar que uma parte do filme não será feita por ele. Existe muuuita coisa para ser feita, mesmo num filme super-amador: figurino, cenário, ensaio, câmera, luz, arrumação, etc. Se o diretor quiser fazer tudo, porque as coisas tem que ser do jeito que ele pensou, vai terminar que ele ficará estressado e sobrecarregado, enquanto todos os outros vão ficar apenas assistindo. Além do mais, se uma pessoa sente que deu uma real contribuição para o filme então ela também toma aquele projeto como sendo dela, e assim o defende com unhas e dentes. Não é só bom aceitar algumas idéias como também é melhor incentivá-las.

Por isso é muito importante saber escolher quem será chamado para o projeto. É fofinho chamar melhores amigos e namoradas, mas isto é uma enrascada tremenda! Ser chefe de namorada nunca foi e nunca será uma boa idéia. É preciso manter um certo profissionalismo, escolher pessoas que queriam realmente fazer um filme e não de brincar de cinema. Também não se chama alguém só pelas habilidades tecnicas. "Oi, eu sei que a gente não se fala faz um ano, mas diz aí, você ainda sabe desenhar stoarys boards?" Sem ganhar dinheiro o cara vai se sentir usado e ficará ofendido. Acho que esta situação só daria certo se ele estiver muito carente de trabalho (estudantes que estão loucos para testar o que aprenderam na aula) ou se o roteiro for estupidamente bom.

A melhor escolha é uma pessoa de certa amizade e certa habilidade. Moral da história: fazer amizade com pessoas que tenham talento. Atenção, isto não é falsidade! Veja só, eu gosto de fazer filmes e desejo ser diretor, tenho uma colega que conhece um cara que gosta de fazer filme e quer ser ator. É claro que peço para ela nos apresentar. Se eu fizer um filme e inclui-lo, ambos ficarão satisfeitos e felizes por fazerem o que gostam. Misturar amizade com trabalho é muito perigoso, e infelizmente (ou felizmente) cinema é puramente isto.

E se possível, dentre os amigos-habilidosos, é melhor escolher aquele que tem mais a cara do projeto. Alguém que vai entender o que se pretende dizer com o filme. Para evitar preconceitos, a melhor opção é mostrar o roteiro e perguntar o que a pessoa achou. Pedir uma opinião não é convidar alguém para o time, está parte vem na sequência, dependendo da reação do amigo.

O problema é que dessa forma muitos dos amigos próximos vão ler o roteiro. Revelar tudo o que se passa na cabeça para os colegas, nem sempre é bom. Se for uma autobiografia então! Mas isto nem deve ser considerado, arte é para quem tem colhões! Fazer uma obra de arte é se jogar inteiramente nela. Nenhum filme belíssimo deve deixar de ser feito só para salvar a pele do autor. É o que eu penso. E de qualquer forma, se o filme for realmente feito, todos os conhecidos farão questão de assistir.

- Tenho vagas sugestões para minha equipe, até agora só chamei uma pessoa. Mas escolhe-la como primeira, foi uma jogada estratégica.

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