Páginas

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

2 seres


Desenho baseado numa animação muito legal em stop-motion feita por Isa: O Jardim.
Quando puder posto ela aqui.

Ainda é início Dezembro mas eu já estou em Natal...... A cidade Natal, RN. Sacou? HA!HA!HA! Cof, cof.
Pena que nem terei tempo de turistar direito, estou a trabalho.
Inclusive, está acontecendo o Carnatal, carnaval fora de época daqui. As atrações serão Asa de Águia, Ivete Sangalo, Chiclete com Banana, e por aí vai. E eu achando que era feito o carnaval de Recife, chega tava animado.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Primeirão!

Categoria Infantil:
Primeiro lugar: O conto do garoto que não é especial, de Lucas Mariz Pereira de Araújo, de Pernambuco.
Segundo lugar: O coelho sem cartola, de Ana Cristina Silva Abreu, de São Paulo.
Terceiro lugar: Bia Baobá, de Itamar Morgado da Silva, de Pernambuco.

AAEEE!!! TO NA FITA!!!


Perai, uma coisa de cada vez!..............

Seguinte, participei de um concurso de livros infantis juntamente com meu primo Igor Colares. Depois de anos de espera finalmente saiu o resultado!! E estou em primeiro lugar!!! HdsadjahiYDHjsdsadsd



I Concurso Cepe de Literatura Infantil e Juvenil

Pernambuco ficou em primeiro lugar nas duas categorias


Dois pernambucanos foram os melhores colocados no I Concurso Nacional de Literatura Infantil e Juvenil promovido pela Companhia Editora de Pernambuco – Cepe. Os vencedores, ambos do Recife, foram Lucas Mariz Pereira de Araújo, com O conto do garoto que não é especial (categoria Infantil) e Manoel Constantino Filho, com Anjo de rua (categoria Juvenil). 

Aqui está a noticia completa

Parabéns para todo mundo que participou. Parabéns também para o concurso, já que tiveram muito mais trabalhos mandados do que o esperado.

É hora de comemorar!

domingo, 31 de outubro de 2010

Cartunesco

Eu tinha decidido não comprar mais nenhuma HQ.
Até que conheci "Scott Pilgrim contra o mundo". Não que seja uma leitura obrigatoria para qualquer fã de quadrinhos. Foi justamente por ser algo de meu gosto pessoal que ele subiu na estante do meu quarto.
Daí fui rabiscar meus personagens, e eles saíram assim:


Acho que eles ficaram mais interessante nesse traço cartunesco. Provavelmente vou oficializa-los mais ou menos do jeito que já estão.
Ah, e quem são esses? Parte de uma história criada para eu treinar desenho e roteiro.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Céu



Achei este desenho muito interessante, mas aí fui inventar de pinta-lo. Não sou bom com as cores, definitivamente! Estraguei o desenho! Quase jogo fora. Ainda bem que eu me conheço e escaniei antes de fazer alguma besteira.

sábado, 25 de setembro de 2010

Mais Telinha

O penalti especial.
Esta semana foi a vez da sexta serie. Muito divertido trabalhar com crianças. Gritam, pulam, esperneiam e quando tudo parece perdido elas se dedicam plenamente. Na maioria das vezes tudo dá certo e você ainda ganha uma penca de amiguinhos.



Vou criar uma página só pro Telinha.

domingo, 19 de setembro de 2010

Telinha na Escola

Cinema e educação.
Filmes na escola agora será sinônimo de apredizado, graças ao projeto Telinha na Escola da ONG casa na árvore.
Cineastas, normalmente, conseguem alterar uma sociedade através apenas das discurssões geradas pelo seu filme. É interessante conseguir usar está profissão de forma direta no trabalho social. O projeto não quer que os filmes sejam usados só como ilustrações das aulas. O que ele propõe, na verdade, é que ao fazer o filme o aluno estará apredendo, seja um assunto de história ou uma lição de vida. O que é algo muito mais interessante, tanto para o aluno quanto par ao cineasta. E para completar, ainda explora na nova mídia de filmes de bolso, já que as obras são filmadas com celulares e câmeras digitais.

Aqui está um dos filmes realizados na escola Padre Henrrique.




Este filme ficou muito bem resolvido, desde o roteiro até a montagem. Parabéns para todos!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Crítica: A Origem

Lá vou eu.
Primeira crítica feita, a mando do mestre. Meu emocional é bem diferente do que vem em seguida. Durante a projeção eu pulei da cadeira, olhei para o lado para ver os rostos assustados em certas cenas, ri, essas coisas. Mas na crítica, nada disso importa. Por isso, as vezes ela soa bastante cruel.

AH! A crítica é pra quem já viu o filme. Aqui eu conto o final sem piedade.



A ORIGEM

Quem sou eu para criticar Christopher Nolan? Realmente, como diretor, perto dele eu não sou nada. Porém, como espectador ganho poder total, já que sem mim ele é quem não seria nada. É com está visão que tento comentar o longa.
A impressão que tive foi que o filme continha informações demais para serem esclarecidas no tempo de duração. Não se tem tempo para contemplar todo o universo de A Origem. As regras de como entrar em um sonho são complexas, assim como os protagonistas. Talvez todos os detalhes pudessem ter o seu espaço melhor aproveitado se a idéia fosse transposta para um seriado.
É tanta coisa para ser dita que, para ganhar tempo, é necessário criar uma personagem com o mesmo nível de conhecimento do público, para que digam literalmente como as coisas funcionam. Um bando de ladrões experientes perdendo tempo precioso explicando à uma garota o trabalho deles, difícil de acreditar.
Os sonhos são abordados de forma bem restrita, são basicamente o mundo real com as leis da física alteradas. Acho engraçado uma guerra dentro da mente ser resolvida com armas de fogo. Se por um lado perde-se a oportunidade de criar ambientes psicodélico, por outro ganha-se do direito de fazer imagens lindas sem motivo especial. Em que outra situação poderíamos ver uma cidade ser dobrada no meio? Ou uma luta sem gravidade dentro de um hotel. “Tudo não passa de um sonho” é a desculpa perfeita para construir cenas visualmente bonitas só por que são visualmente bonitas.
As regras dentro de um sonho são explicadas, mas o motivo de existir todas elas, não. Por opção, prefiro entender que a máquina que liga todos os sonhadores é a responsável pelas limitações. Ela é um dos elementos que não tiveram tempo de serem esclarecidos.
Um filme tem o direito de criar o absurdo que ele quiser, mas é chamado de “mentiroso” quando quebra as próprias regras, isto acontece sutilmente em A Origem. Se pequenas gotas de água caem sobre o rosto do sonhador, então é suficiente para começar um temporal dentro do sonho. Acontece que, em determinado momento um sonhador passa a voar fora de gravidade por um longo tempo e o seu sonho não é nem um pouco alterado. É um desrespeito às leis do filme por pura conveniência.
Existe sim uma comparação com Matrix. Se eu disser: personagens conectados por uma máquina entram num mundo dentro da mente e ganham o poder de distorcer a realidade e brincar com as leis da física, não dá para saber a qual dos dois filmes eu estou me referindo. Ainda pode-se encontrar mais semelhanças, mas a divergência está em como estes elementos são abordados e usados. A Origem é mais intimista, explora melhor o emocional.
Mais importante do que a missão em que os personagens estão envolvidos é a relação de Cobb (Leonardo DiCaprio) com a falecida mulher. Toque de mestre a forma como foi feita a interação entre eles. Não é ela quem perturba a mente do protagonista, é a projeção que ele faz dela, ou seja, é o próprio Cobb. No fim ele consegue perceber que ama a mulher, e não aquela vilã que criou para si. Aí está sendo explorado certos dilemas de casais que não se aceitam, justamente porque já criaram uma projeção perfeita do parceiro que não condiz com a realidade.
Arrisco dizer que A Origem é um filme sobre reconciliação com o passado, já que este é o tema do problema de pelos menos três personagens. O maior medo deles é se tornar um velho sozinho, cheio de arrependimentos.
O objetivo dos personagens é implantar uma idéia na mente de outra pessoa. Isto é mais do que uma invasão de privacidade, vai além do temido “Grande Irmão”. Eles não só entram no ambiente mais íntimo de alguém como o modificam. É definitivamente uma lavagem cerebral. Não para implantar paz mundial ou algo assim, mas para obter lucros financeiros. Boa metáfora do controle mental das grandes empresas. Temos a impressão de que nós mesmos quem decidimos comprar certos produtos, mas talvez não seja bem assim afinal, talvez tudo tenha sido implantado.
O final é deixado em aberto, achei essa uma idéia boba. Finais enigmáticos são interessantes, mas não é isto o que acontece. Nós, o público, não temos confirmação concreta se Cobb está acordado ou dormindo, mas ele terá. O personagem, em algum momento, voltará para a mesa e verá o peão ainda girando ou parado. O roteiro não termina com uma dúvida, assim como Capitu traiu ou não Bentinho em Dom Casmurro, ele simplesmente termina antes do fim.
A Origem é um grande filme. Gosto particularmente porque tenho fascínio por sonhos dentro de sonhos. Não pude apontar tudo de interessante que ele tem, nem talvez os pontos mais importantes. Na verdade, falei mais mal do que bem. O que fiz foi ressaltar o que ficou gravado em mim, e normalmente lembra-se mais das coisas ruins do que boas. Confesso que depois de sair da sala de cinema fiquei me perguntando se na verdade eu não estaria dormindo.



Alguns pontos tecnicos foram apontados depois para serem corrigidos. Mas deixei ela como nasceu. Esta crítica é assim, completa com seus defeitos.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A vida é um jogo.

...onde quem ganha perde.
É tudo tão paradoxial e tão óbvio. Quanto mais diferente, mais parecido é.
Mas bem, nada disso tem a ver com o filme que está logo abaixo.



Esta tal dessa câmera é o que há! Tudo e todos ficam mais bonitos quando caem nas graças dessas mágicas lentes. Quem não gosta dela é o computador, coitado, que tem que aguentar a carga dos vídeos em HD.
Os créditos estão bem retalhados, faltam funções como figurino, maquiagem e cenário, e ainda os agradecimentos. É que eu queria encurtar a parte chata. Que garoto ingênuo! Que garoto ingênuo.
Aprendi que crétidos são importantes. Pode parecer que ninguém lê. Mas lêem.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Síto do Pica-Pau Hardcore

Afinal, tudo é ponto de vista.
Interpretação pessoal é o que faz a arte ser tão incrível. E que tal este ângulo da obra de Lobato?



Algo é imortal e atual quando constantemente parodiado. Gosto deste vídeo justamente por cumprir esta função.
Divertido de fazer e divertido de assistir.

domingo, 22 de agosto de 2010

Diálogo

Talvez eu seja dialoguista.

Gosto muito de escrever diálogos, descrever ambientes e ações é chato. Talvez por que eu ainda não aprendi a fazer direito. Mas também não aprendi a fazer diálogos direito. Aí está um texte (texto teste):


- Opa Doutor, deixe comigo. É 10 reais.

- 10 reais? Pra que?

- Pra guardar o carro.

- Como assim guardar o carro?

- O senhor não vai deixar ele aqui na rua?

- Vou.

- Então! É 10 reais para eu ficar tomando conta dele. Pra que nada aconteça com ele. Quando o senhor voltar o carro vai ta aqui interinho.

- Você quer 10 reais para ficar tomando conta é?

- É! É que tem uns camaradas aí que vez por outra inventa de quebrar um farol, arrancar o retrovisor, sabe como é? Mas o senhor pode ficar sossegado que comigo aqui nada disso acontece, é só deixar uns 10 reais para eu tomar um cafezinho ali depois.

- É mesmo é? Tem gente que quebra os carros por aqui? Meu Deus! E o que essa gente ganha fazendo isso?!

- Sei la, doutor. É esse pessoal aí, vândalos, os cheira cola, que quer fazer algazarra e fica inventando coisa.

- Então muito obrigado pelo aviso, vou estacionar em outro lugar.

- Não, doutor! Deixe o carro aí. Vai ficar rodando atrás de vaga ? Pode deixar comigo, eu tomo conta.

- Não, rapaz. Obrigado pela boa vontade. Mas é perigoso deixar aqui.

- Mas doutor, isto é em todo lugar. Pode ter certeza! Todo lugar tem disso. O senhor não vai achar nenhuma vaga aqui pelas ruas que seja segura, não. A parte mais segura é essa rua aqui, é onde eu tomo conta.

- Mas eu sempre estaciono nas ruas e nunca me aconteceu disso.

- Ainda bem né, doutor? Graças à Deus que você nunca teve que passar por uma situação dessas. Mas para garantir que não aconteça, deixe o carro aqui comigo. Eu tomo conta.

- Ta certo...então muito obrigado, até mais.

- É 10 reais.

- Eita, é mesmo! Então, precisa tomar conta não. Se é assim em todo lugar, e eu sempre estacionei por aí e corri o risco, então não tem problema eu arriscar mais uma vez.

- Ah não, pra ficar aqui tem que dar 10 reais! Pode não.

- Que história é esta de “tem que dar”?! Como assim?

- Se você deixar o carro, aí vai tomar o espaço de outro cliente. E aí, como é que eu fico? Vai me prejudicar!

- Meu amigo, a rua é sua por acaso?... Me perdoe, mas eu posso deixar o carro onde eu quiser! Olha, se eu pedisse para você tomar conta dele eu te dava um dinheirinho, se você me ajudasse a fazer a manobra até dava alguns trocados. Mas 10 reais?! Por favor, né? Tenha uma boa tarde!

- Doutor, me escute bem, não queira complicar as coisas. É melhor o senhor pagar que tudo fica certo. Imagina só que quando o senhor volte, aquela pedra ali está afundada no capô do carro. Ou então aquele pedaço de madeira vou usado para quebrar o para-brisa. Ou então esta minha mão arrebenta a sua cara. Então, doutor? Num é melhor o senhor só pagar 10 reais e resolver tudo aqui, evitar tudo isso?

- Hum..... sei, entendi.....se a situação é esta, parece que você tem razão. Pode tomar conta do carro, eu pago os 10 reais.

- Então! Pode ficar tranqüilo mesmo, que eu garanto que nada daquilo vai acontecer. O seu carro vai estar aí ó, do mesmo jeitinho que o senhor deixou.

- Muito obrigado... bem...10 reais, ne?. ... 20... 20... 20... eu tenho certeza que eu tinha uma nota de 10, tsc!.....50....cadê?........ 10!! Ta aqui, 10 reais. Pronto, quero meu carro são e salvo dos vândalos cheira-cola!

- Pode deixar, doutor! Eles não vão nem chegar perto.

- Boa tarde.

- Vá na paz, doutor.


Será que existe teorias de como se escrever uma conversa?
Deve existir, existe livro e teoria para tudo!
Acredito que o diálogo fica milhões de vezes melhor quando o ator, dentro do personagem, reformula e acrescenta.


Queria ver isto filmado.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Zumbis recifenses

Eles existem e estão por toda parte.
Tinhamos que fazer um filme de monstro. Eu estava me esforçando para criar alguma história em que ninguém tivesse que passar vergonha, afinal, os atores seríamos nós mesmos. Mais aí, eis que deicidem filmar isto:



Não achei ruim. Muito pelo contrário!
Agora já sei que as pessoas topam fazer mais coisas do que eu pensei! Estou mais livre para a criação dos meus roteiros. Se alguém topa se passar por um zumbi dançarino de swingueira, então não há muitos papéis que ele recuse fazer.
Pode parecer que estou detonando a moral dos atores, mas um dos zumbis aí sou eu! E olhe que eu ia ser o câmera, mas covenhamos, é muito mais divertido ser zumbi!!!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Bobagem

Hoje notei algo.
Escutando o rádio passou uma música de ritmo legal, que eu já tinha ouvido algumas vezes: "Do lado de cá", de Chimarruts. Percebi que a letra é um convite para o suicídio. Prestem atenção:

Se a vida às vezes da uns dias de segundos cinzas
e o tempo tic taca devagar
Ponha o teu melhor vestido, brilha teu sorriso
Vem pra cá, vem pra cá
Se a vida muitas vezes só chuvisca, só garoa
e tudo não parece funcionar
Deixe esse problema à toa, pra ficar na boa
Vem pra cá

Do lado de cá, a vista é bonita
a maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá, tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá

A vida é agora, vê se não demora,
Pra recomeçar é so ter vontade de felicidade pra
pular

Do lado de cá, a vista é bonita
a maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá, tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá



O "lado de cá" seria o outro plano.
Se a vida é sem graça, se mate e venha para o paraíso.

"A vida é agora, vê se não demora," A vida é passageria, deixe de se apegar a tempo pouco.
"Pra recomeçar é so ter vontade de felicidade pra pular
" Recomeçar= encarnação no outro mundo. E... vontade de PULAR!

Vai ver que todo mundo já sabe disso e a minha ficha caiu agora. Ou eu é que sou gótico e não sei. De qualquer forma, hoje percebi uma coisa que talvez nunca reparasse.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Erros que fiz de propósito.

Herrar é umano.
Os jogos dos oito erros que fiz para o Jornal do Comércio passaram a ser publicados ontem. Infelizmente ainda não pude ver impresso.

Pelo que sei, este é o de hoje:














Sair no jornal foi mais fácil do que eu pensei. Fico imaginando crianças caçando os erros abraçadas com seus pais, eles dando o auxílio quando a dificuldade é maior. Ou senhores sentados na fila do banco com os óculos na ponta do nariz, rindo enquanto marcam alguma área do desenho com um X. O treino e a diversão na confecção dos jogos valem mais do que o pagamento em dinheiro.


Fizeram-me uma pergunta retórica hoje: para que serve um crítico de cinema?
Acontece que eu não sei responder. Pura ignorância minha, admito. Não leio críticas.
Mesmo por que, para mim, elas são só opiniões de pessoas desconhecidas.
Como pode alguém julgar arte? Um bom crítico é um bom julgador. Mas é bom ser julgador?
Estou pagando uma cadeira de crítica de cinema, ao término deste ano não sei qual será minha opinião a respeito, deixo este post já para fazer futuras comparações. Seja ela qual for, não será mais prejudicada pela falta de informação.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Vida caminhando

Estou sentindo a mudança.
É como cheirar um alimento enquanto ele assa. Não se sabe bem quando ou como, mas aos poucos vamos delicadamente notando quando ele está mais lá do que cá. Posso perceber os tempos mudando. Ainda bem, ainda bem mesmo, que é para melhor.

Agora apresento um mini-documentário, feito também no projeto Telinha na Escola.



Eu nunca tinha arriscado fazer um documentário. Vi que é mais fácil do que eu pensei. É muito bom fazer estas pequenas experiências. Pelo menos agora conheço a idéia do processo.

Hoje, recebi a notícia de que fui selecionado para ser um estagiário do Telinha na Escola!! Estou muito feliz! Foi uma vaga que vi inventada especialmente para mim. A linha de idéia deles se assemelha com a minha. Esforcei-me e fui recompensado.
Esta pequena revelação da vida pessoal tem seu direito aqui. Uma vez que foi por conta desses vídeos que o blog foi criado. Já fica avisado que mais vídeos virão.

Por enquanto, não mais ficarei perdido e entediado. Fui salvo.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Na boca do jacaré

Experimento colocar um conto aqui.

Está enorme. Eu não tenho paciência de ler no computador. Porém, talvez alguém tenha. É para esta pessoa que arrisco fazer o post.

Quero muito ver o que acham.

Lá vai
Na boca do Jacaré

Semana passada eu briguei com a minha esposa. Ela implicou comigo só porque cheguei em casa sem a aliança no dedo. Eu tinha tirado porque precisei colocar a mão em uma maquina que tinha emperrado lá onde trabalho. Daí esqueci pôr de volta. Somos recém-casados e ainda estamos aprendendo como funciona tudo isto. Bem, aprendi que quando se é casado não se tira a aliança para nada!
Teria sido uma briga boba em qualquer outra circunstancia. Mas estamos mais estressados que o normal nesses dias. É esta fase de adaptação que está nos afetando. Chamo ela de reféns–casados. Tivemos que nos mudar, alugar um apartamento ruinzinho, nos preocupar com contas e feiras, ainda falta comprar o móvel da TV, e o dinheiro? Vai dar para passar o mês? Então paga a prazo. Essas coisas.
Terminou que o clima ficou estranho entre nós. Meio que: “Estou quase me arrependendo de ter casado”. Eu sei que é só uma fase, temos que aprender a nos segurar até que ela passe. Não podemos deixar o casamento se acabar na primeira dificuldade. Acredito que ao longo dos anos muitas outras virão.
Então, para fazer um reconciliação legal puxei meu lado romântico, coisa que sempre derrubou todas as defesas de Nathalia. Como eu fiquei com as duas alianças, (Nathalia jogou a dela em mim, dizendo que se eu não uso ela também não) resolvi fazer uma surpresa. Mandei polir e cravar nossos nomes lado a lado. Queríamos ter feito isto desde o casamento, mas não tínhamos dinheiro. Hoje, vivendo por conta própria, temos menos ainda! É justamente aí que fica o segredo da surpresa.
Saí em silêncio e fui buscar as alianças no joalheiro. Ficaram lindas! Pronto, era só chegar em casa a tempo, preparar a cestinha com chocolates e esperar que ela acorde. Caminhando rápido pela calçada eu estava tão hipnotizado pelas alianças na palma da minha mão que terminei tropeçando. Os dois pequenos anéis voaram e, de forma inacreditável, caíram na boca de um jacaré que estava tomando banho de Sol.
Muito bem, que azar foi este?! Não dava para elas terem caído em um buraco, ou rolado pela rua? Tinha que ser na boca de um jacaré! Que por sinal parecia estar só esperando que eu viesse alimentá-lo com ouro. Justo um jacaré! Podia até ser um animal, mas que pelo menos não fosse tão perigoso, como um pingüim. Se as alianças tivessem caído numa boca de lobo, eu até me arriscaria pegar. Boca de lobo que eu digo é o buraco na rua! Deus me livre encontrar um lobo cara a cara!
O jacaré não se moveu. Eu sei que este animal fica parado como uma estátua quando toma banho de Sol. Já vi isto no zoológico. As jóias ainda estavam visíveis, brilhantes sobre a língua do réptil (pelo menos gastar aquele dinheiro polindo valeu a pena). Talvez desse para eu dar um bote certeiro e recuperar meus objetos. O jacaré parecia empalhado de tão imóvel. Mas eu não tenho certeza sobre como é reação quando tocam nele. Tive medo de que “ficar parado” seja uma armadilha para vacilões que metem a mão em sua boca.
O jacaré não deve ser um bicho muito veloz. Talvez eu conseguisse pegar as alianças antes dele dar a mordida. Foi aí que vieram à minha mente imagens de documentários da Discovery Channel onde zebras eram surpreendidas por enormes crocodilos e arrastadas para dentro do rio. Eram crocodilos ou jacarés? E qual é a diferença mesmo? Acho que crocodilos são maiores. Mesmo assim, tanto faz se é um crocodilo ou um jacaré, não quero meter a mão na boca de nenhum dos dois!
Não estamos num rio. Isto deve prejudicar e muito o ataque desse bicho. Eu devo estar em vantagem! Ou talvez não, afinal, sua locomoção realmente deve ser bem mais lenta, mas acho que a velocidade de sua mordida continua a mesma. Hum..... o que eu faço?
Posso terminar perdendo a mão. Será que estes anéis valem tanto a pena? São só objetos, bens materiais que eu posso comprar de novo (quando tiver dinheiro). Já minha mão não! Ela também é um bem material, eu sei, mas não se vê uma dessas vendendo por aí. E perder a mão é o de menos! Eu posso ter uma hemorragia e morrer de tanto sangrar! É, melhor deixar para lá. É aquela história: vão se os anéis, ficam os dedos.
Só não sei o que dizer quando chegar em casa. Duvido que Nathalia acredite que um jacaré engoliu nossas alianças. Posso tentar inventar outra história, acontece que sou péssimo em contar mentiras. Nathalia logo vai perceber que eu estou enrolando e aí vai ser pior ainda! Ai, ai, que situação! Se correr o bicho pega se ficar o bicho come.
Que tolice esta mania de dar um valor emocional para as coisas! Nosso amor sempre foi forte, independente de estarmos com uma porcaria de um anel no dedo. Pra que esta invenção agora?! Este simbolismos pelo visto atrapalham mais do que ajudam! O problema é que agora é tarde. Eu mesmo entrei nessa onda, simbolicamente restaurando a aliança eu estaria restaurando o casamento. Na próxima vou ver se penso em algo sem ter que usar nenhum objeto. Lembro que vez por outra Nathalia revê as fotos da festa com muito carinho. Acho que se aquele álbum sumir, para ela vai ser como se o casamento também sumisse. De repente a festa e o vestido de noiva passariam a ser um sonho em vez de uma lembrança.
Caramba! Depois eu filosofo sobre isto! Agora não é hora de ficar tendo devaneios! Tem um jacaré na minha frente! Afinal, pego ou não pego as alianças? To falando como se eu fosse conseguir pegar. Então melhor dizendo, arrisco perder a mão pela aliança ou não? Epa, e de que vai adiantar ter um anel se eu não vou ter dedos? To pensando besteira de novo! Se eu chegar a perder a mão, então com certeza também perco os anéis. Enfim, vamos parar de enrolar e tomar uma decisão?
Levando em consideração toda a carga sentimental que nós dois colocamos nessas jóias, eu creio que tenho que me arriscar. Assim como o álbum “é” o dia em que nos unimos, as alianças “são” o nosso casamento. Então, posso colocar dessa forma: ou uma mão ou o casamento. Conheço amigos que me chamariam de otário, mas eu vou escolher o casamento. Bem, então vamos lá!...
NÃO CARAMBA! Não é o casamento que está ali dentro! São só obejtos! OBJETOS! Você é louco de arriscar nunca mais poder escrever, nunca mais jogar vôlei, nunca mais tocar violão, até nunca mais poder dar um tchau sequer!! Tudo isso só para pegar míseros anéis que podem ser encontrados na esquina?! Beleza que eles representam o casamento e assim todo o amor que há entre vocês. Massa, entendo isso. Mas é só uma representação! Aquilo ali não passa de mineral retorcido! Chegar em casa tenha uma boa conversa com tua mulher. Se brigar brigou, faça tudo para reconciliar. Aposto que por pior que seja ela não ira pedir para você cortar a mão fora.
Calma, calma consciência, calma. Tudo bem. Está tudo bem. Entendi o seu recado. Deixa eu só avaliar pela última vez antes de me decidir. Minha mão não simboliza nada mas é muito valiosa; isto é só um mineral mas simboliza algo valioso. Hum... Sei o que estes anéis significam para Nathalia. Pode ser burrice dar este tipo de valor a estas coisas, queria ver o que ela faria no meu lugar. O fato é que estas alianças são importantes para ela. Pois bem, meu dilema acaba aqui, seé importante para ela, então não há mais o que pensar. Vou pegar estas alianças!
Daí eu me abaixei bem devagar, como um gato. Suspendi a mão lentamente até ficar alguns centímetros dos dentões. Dei um tempinho de nada para ver se o animal teria alguma reação à minha mudança de posição. E sem aviso algum, ataquei! O medo fez minha mão ir até apenas tocar nos objetos, mas controlei o instinto de voltar o braço e fui em frente novamente (não queria ter que decidir enfiar ou não a mão de novo). Dessa vez fui com tudo. Agarrei as jóias e puxei para fora!
Caí sentado na calçada, chega respirei aliviado. Eu estava suando, ofegante, minha adrenalina devia estar a mil! A mão tremendo um pouco, estava branca por conta da força com que eu estava segurando as alianças. Devagar e com muitíssimo cuidado, fui abrindo os dedos. Elas realmente estavam ali! Lindas, intactas, brilhantes. Consegui sair dessa! Abri um sorriso vitorioso, cansado, aliviado. E com certa vergonha de ficar parecendo um louco rindo na calçada.
O jacaré não moveu nem meio centímetro. Suas mandíbulas continuavam abertas como sempre estiveram. Talvez tenha sido exagero todo este drama. Também, não estou acostumado a encontrar um bicho assim! Eu devia ter assistido mais Caçador de Crocodilos. Mas isto aqui é um jacaré. Qual a diferença mesmo? AH, chegar em casa juro que eu procuro na internet! Mas só depois de fazer a surpresa para Nathalia e reconciliar nosso casamento, e dizer que a amo, e cair na cama com ela ainda de camisola, e comemorar que a vida é linda e que eu tenho duas mãos.
Vida de casado é difícil. A gente pensa que pode prever os problemas que estão por vir, aí acontece de aparecer um absurdo desses. A vida realmente não vem com manual. Ê destino louco!
De pé encarei o jacaré. Meu adversário. Fiquei em dúvida se ele estava vivo. Se era só um brinquedo, ou estava empalhado. Tava tão quieto. Foi aí que ele mexeu o corpo inteiro e mudou de posição. Eu perdi toda a intimidade que tinha com ele e pulei para trás! Percebi que não sabia nada. Todo o meu confronto tinha sido só com o jacaré parado, congelado praticamente. Ele se movendo era um nível completamente diferente. Ainda bem que eu já estava com as alianças na mão e já podia ir embora.
Guardei muito bem guardado os meus tesourinhos e me pus a caminhar. Espero nunca mais encontrar o jacaré. Aposto que ele não vai me dar outra colher de chá e ficar paradão. Mas ele também que se cuide, daqui para um possível próximo encontro eu vou ter superado outras dificuldades e estarei bem mais preparado. Preparado não para adivinhar o que irá acontecer, mas justamente para improvisar em situações como esta.

Lucas Mariz 09/08/2010

domingo, 8 de agosto de 2010

Hoje é desenho

Alf
...se bem que puxa para o os filmes.
Pensei em fazer uma coleção de Hitchcock. Mas DVD's entulhados na estante é o tipo de enfeite que mais ocupa espaço. Não entendo bem para que ter milhões de livros ou filmes guardados em casa. Usar locadoras cria empregos e gera muito menos lixo. Mas acho que não é uma questão do mundo físico. É mais uma vontade de auto afirmação. Olhar para o quarto e saber quem é.
Acho que não preciso disso, já que eu não sei mesmo quem eu sou.
Enfim, em vez de comprar mais filmes, doei um deles.

Sobre o desenho:
A caricatura não está como eu queria. Tenho que treinar, fiz pouquíssimas caricaturas até hoje. Acho que consegui captar bem os símbolos de cada filme. Para mim é interessante deixar o computador de lado, eu podia ter pego os títulos dos filmes na internet. Preferi desenhar.

sábado, 7 de agosto de 2010

Coisas boas!!!

Minha vida é uma flor.
Festas e bebidas servem para aproximar indivíduos. Cada vez Recife fica menor. Dançar, conversar e jogar bola são formosas formas de conhecer. Ainda bem que eu vivo e gosto de viver! Obrigado velho amigo por ainda ser amigável.

Vídeo de hoje!
Animação com foto. Feito no curso do projeto Telinha na Escola.



Beleza e dor, eu diria.
Impressionante como mesmo o vídeo se diferenciando completamente do roteiro, ele ainda permanece fiel.

“A Rosa Sangrenta da Casa Assombrada”

Numa casa toda quebrada, existia uma linda roseira, mas ela era muito melada de sangue. Umas pessoas foram lá pegar um cacho das suas rosas, mas, quando iam cortar o cacho, um espinho entrou no dedo de uma mulher e chupou o sangue dela e ela morreu. E todas as pessoas que viram aquilo nunca mais foram lá com medo de morrer.
Eduarda, 11 anos.


Também gostei do resultado. Levando em consideração que tudo foi feito em uma tarde. Pena que o filme não tenha espaço para explicações, mas o conto também não tem. Então acho que está, na medida do possível, fiel.
Queria muito que Eduarda visse o filme, porém nem sei o seu sobrenome.
A tecnica usada foi divertida de se fazer. Muito, muito simples. Vou ver se a exploro mais vezes.

Ê, vida!

Acabei de quase ser assaltado.
Atravessei uma das muitas pontes do Recife. No fim dela, depois de já ter saído da "zona de perigo", quatro rapazes e uma moça (acho) vinham no sentido oposto. Preconceito não é comigo, continuei em frente. Repentinamente já havia uma mão no meu pescoço e uma voz me dizendo para entregar o celular.
PORRA! Já me roubaram o celular uma vez! DE NOVO, CACETE?!
Entreguei o aparelho e avisei era uma merda. O assaltante verificou e......... me devolveu.
A única frase que me veio a mente depois disso foi: "ISTO é Recife".
Enquanto algumas pessoas vão no shopping para adquirir um celular outras vão na rua.

Estou muito feliz de tudo não ter passado de um "quase".
Aprendi a valorizar estes momentos depois de um acidente de carro que tambem foi um "quase"
Em vez de me revoltar e dar valor a raiva, estou agradecido por estar bem e por ainda ter o meu celular.

Pra não ficar associando coisas boas a coisas ruins vou postar o vídeo no próximo post.
Isto me faz pensar qual a utilidade deste post.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Primeiro post

Fiz um blog.
Eis que entro em mais um espaço do mundo virtual. Agora tenho outro pé enraizado no vácuo. Espero manter a clareza sobre o que é real e o que faz parte da matrix. Caso contrário suicído meu avatar.
Mas os dramas ficam por aqui, já que deitei na cama vou fazer a fama!

Pretendo pôr aqui qualquer tipo de produção que eu fizer. Aindo ouso delinear mais ainda o futuro dizendo: videos serão maioria (ou, no mínimo, prioridade). Pra começar, coloco um dos acontecimentos que me istigou a criar este sítio. Ver a rapidez e diversão com que este filme foi feito, e ainda obter um resultado final satisfatório, me fez perder o medo de ficar preso em projetos infinitos por conta da auto obrigação de atualizar o blog.




Link youtube

Este vídeo foi feito com celular, no projeto Telinha na Escola.

Não sei pra quem escrevo. Muito engraçado experimentar esta sensação de jogar uma carta na multidão e esperar que alguém a leia.